segunda-feira, 21 de abril de 2014

VOLTAMOS COM NOVAS POSTAGENS, ESBOÇOS DE SERMÃO E ARTIGOS REFORMADOS!


Venha nos visitar! Estamos localizados na Rua Júlio Ribeiro 190. Após o campo de Vera Cruz, 3ª entrada a esquerda.


A Verdadeira Felicidade dos Humildes de Espírito.



A Verdadeira Felicidade dos Humildes de Espírito.





Por: Rev. Luciano Gomes



"Vendo Jesus às multidões, subiu ao monte, e, como se assentasse, aproximaram-se os seus discípulos; e ele passou a ensiná-los, dizendo: Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus." (Mateus 5:1-3)



Introdução:

Jesus é o maior pregador do mundo. O texto das bem-aventuranças abre o que nós chamamos de "O maior sermão de todos os tempos", Ficou conhecido como O Sermão do Monte. Se Charles Spurgeon ficou conhecido como o príncipe dos pregadores é legítimo e justíssimo descrever que Cristo é o Rei dos pregadores. Jesus é o maior pregador de todos os tempos porque Ele é a própria Palavra encarnada (. Ele foi o maior pregador da história pela sublimidade de Seu ensino, a excelência dos Seus métodos e a grandeza incomparável de Seu caráter. Thomas Watson acertadamente diz que: "Suas palavras são oráculos; Suas obras, milagres; Sua vida, modelo; Sua morte, um sacrifício. Enquanto nós não podemos conhecer todas as facetas dos nossos ouvintes, Ele conhece o coração de todos os homens". (The beatitudes, 2000 p.13)



Exposição: Qual o significado da vida? Em que consiste a alegria do homem?

Neste sermão Jesus, o maior pregador fala sobre a verdadeira felicidade. Na verdade, o cristianismo é a religião do prazer e da felicidade. O homem é um ser obstinado na busca do prazer. O hedonismo ensina que o prazer é o fim último do ser humano. Essa filosofia parece reger a humanidade. A grande questão é onde está esse prazer: Nas coisas externas? No dinheiro? No sucesso? Na cultura? No sexo? Na diversão?

John Piper disse que: "O problema do homem não é a busca do prazer, mas o contentamento com um prazer terreno, carnal, raso e passageiro". Na verdade, Deus nos criou para o maior dos prazeres. A busca da felicidade é legítima. O verdadeiro prazer está em Deus. Os teólogos de Westminster, no século 17 ao formularem a primeira pergunta do Breve Catecismo, tocaram no cerne desta questão quando afirmaram que: "O fim principal do homem é glorificar a Deus e alegrá-lo para sempre". É na presença de Deus que existem delícias eternas. Conforme Agostinho disse em suas Confissões: "Senhor, Tu nos criaste para Ti e a nossa alma não encontrará descanso até repousar em Ti".



Ponte: A verdadeira felicidade é um grande paradoxo aos olhos do mundo. Destacamos dois pontos importantes aqui:

I. EM PRIMEIRO LUGAR, A VERDADEIRA FELICIDADE É ABRAÇAR O QUE O MUNDO REPUDIA E REPUDIAR O QUE O MUNDO APLAUDE.

Leon Morris na sua introdução e comentário diz que: "Essa bem-aventurança revela o vazio dos valores do mundo. Exalta aquilo que o mundo despreza e rejeita aquilo que o mundo admira". Donald Kraebel, em seu livro O Reino de Ponta-Cabeça, diz que os valores do Reino de Deus são como uma pirâmide invertida. Jesus diz que feliz é o pobre, o que chora, o manso, o puro, o perseguido. Jesus diz que bem-aventurado é o pobre de espírito, e não a pessoa autossuficiente, arrogante e soberba. Jesus diz que bem-aventurado é o que chora, e não aquele que é durão e insensível. Jesus diz que bem-aventurado é o manso, o que abre mão dos seus direitos, e não o valentão que se envolve em brigas intermináveis. Jesus diz que bem-aventurado é o pacificador, aquele que não apenas evita contendas, mas busca apaziguar os ânimos exaltados dos outros. Jesus diz que bem-aventurado é o puro de coração, e não aquele que se banqueteia com todos os prazeres do mundo. Jesus diz que bem-aventurado é o perseguido por causa da justiça, e não aquele que procura levar vantagem em tudo. Jesus diz que aquele que ganha a sua vida a perde; mas o que a perde, esse é quem a ganha. Jesus diz que o humilde é que será exaltado. Segundo Thomas Watson, o mundo pensa que feliz é aquele que está no pináculo, (Mateus 4:5) no lugar mais alto; mas Cristo pronuncia como bem-aventurado aquele que está no vale.



Aplicação:

Meu querido irmão, se você inicialmente não compreender isto, você nunca estará apto a morar no céu. Martyn Lloyd Jones no seu livro Estudos no Sermão do Monte diz que a chave para a compreensão deste sermão e toda a sua sequência lógica e de tudo o que vem em seguida repousa sobre o fato que Jesus não as colocou por mero acaso: Ele diz: "Necessariamente, essa é a primeira bem aventurançam devido à excelente razão que ninguém pode entrar no reino de Deus, também chamado de reino dos céus, a menos que seja possuidor da qualidade nela expressa. No reino de Deus não existe sequer um participante que não seja "humilde de espírito". Essa é a cracterística fundamental do crente, do cidadão do reino dos céus, e todas as demais características são em certo sentido, resultantes desta primeira qualidade (requesito fundamental, indispensável ao cidadão dos céus[Abre paranteses nosso])."

Lembre-se das palvras de Jesus quando estiverem em dúvida quanto ao caminho espinhoso que estão andando na jornada a mansão celestial: "Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus ministros se empenhariam por mim, para que não fosse eu entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui." (João 18:36). Jesus confrontou os valores terrenos elencados por Pilatos, em meio às adversidades da crucificação ele nos ensinou que devemos olhar para os céus e nos empenhar em entrar nas mansões celestiais. Jesus abraçou o reino de Deus que o aguardava com a glória que Ele tinha quando estava com o Pai, e repudiou a glória do reino terrestre que Pilatos tanto amava.

Outra coisa lembre-se que os valores terrenos não são os mesmos no reino celestial: "Portanto, aquele que se humilhar como esta criança, esse é o maior no reino dos céus". (Mateus 18:4). Enquanto os discípulos arrazoavam com Jesus perguntando quem seria o maior no reino dos céus, Jesus chama uma criança que provavelmente os observara de lonje e responde a indagação dos dicípulos com um exemplo análogo. Em outra palavras, no reino dos céus o maior deve ser o menor entre todos. Sigam o exemplo desta criança judia. Imagino o que se passava na cabeça dos discípulos: Mais o que uma criança pode me ensinar?

No Livro Intituições de Irael de Roland de Vaux nos é informado sobre as crianças judias é que, nos primeiros anos de vida elas eram deixadas aos cuidados da mãe, no entanto quando os meninos cresciam eles acompanhavam o pai onde toda instrução era passada conforme prescrição Deuteronômio 6: 6 e 7, os meninos eram educados pelos homens da família e as meninas eram educadas pelas mães. O fato de Jesus pegar um menino e colocá-lo no meio de judeus adultos e fazer a analogia do maior do reino do céu tendo como modelo aquela criança era algo que contrariava os padrões pedagógicos de sua época e cultura semítica. A analogia da criança nos ensina que se queremos ser o maior no reino dos céus devemos seguir o seu exemplo de humildade, aquele menino não queria nenhuma posição de primazia no reino dos céus, ele não queria ser o maior, apenas se contentava em estar entre os adultos no reino dos céus. assim também nós devemos nos contentar apenas em entrar no reino dos céus, sem procurar a primazia entre os outros irmãos. Você quer ser o maior no reino dos ceús? Então siga o exemplo de Cristo:

"Depois de lhes ter lavado os pés, tomou as vestes e, voltando à mesa, perguntou-lhes: Compreendeis o que vos fiz? Vós me chamais o Mestre e o Senhor e dizeis bem; porque eu o sou. Ora, se eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também. Em verdade, em verdade vos digo que o servo não é maior do que seu senhor, nem o enviado, maior do que aquele que o enviou". (João 13: 12 – 16)

"Quem a si mesmo se exaltar será humilhado; e quem a si mesmo se humilhar será exaltado." (Mateus 23:12) Portanto, a verdadeira felicidade é abraçar o que o mundo repudia e repudiar o que o mundo aplaude. O mundo repudia e despreza a postura de pessoas humildes, o cristianismo despreza a altivez e orgulho dos soberbos.


II- EM SEGUNDO LUGAR, A VERDADEIRA FELICIDADE NÃO ESTÁ NAS COISAS EXTERNAS, MAS NAS REALIDADES INTERNAS.
Jesus não disse que bem-aventurados são os ricos. Essa felicidade não está centrada em coisas externas. As riquezas não satisfazem. Deus colocou a eternidade no coração do homem. Nem todo o ouro da terra poderia preencher o vazio da nossa alma. A verdadeira felicidade não está centrada na posse das bênçãos, mas se acha no fluir da intimidade com o abençoador. Um homem pode morar num palácio e não se deleitar nele. Pode ter o domínio de um reino e não ter paz na alma.

James Hastings diz que: "Há uma tendência em todas as possessões materiais de obscurecer as necessidades que elas não podem satisfazer. A mão cheia ajuda o homem a esquecer um coração vazio". As coisas que esvaziam a vida são comumente aquelas que prometem preenchê-la. Jesus falou do homem que derrubou seus celeiros para construir outros novos e maiores e estocar abundante provisão, dizendo para sua própria alma para comer e regalar-se. Mas, como coisas não satisfazem o vazio da alma, Jesus chamou esse rico de louco. (Lucas 12: 13-21) Ler.

Outra questão que precisa ser levada em conta aqui, no que concerne a tradução do versículo que se segue; Bem-aventurados os humildes de espírito. (ARA). Há uma corrente teolígica que acredita que ele deveria ser traduzido assim: Bem-aventurados em espírito são os pobres. Comparando algumas versões em português temos as seguintes traduções:

"Bem-aventurados os pobres de espírito..." (Almeida Corrigida Fiel-SBTB)

"Bem-aventurados os pobres em espírito..." (Nova Versão Internacional)

"beati pauperes spiritu" (Vulgata latina)

πτωχοςptochos é a tradução para pobre. No léxico esta palavra está traduzida como rastejar, a ideia aqui é alguém que é reduzido á pobreza, mendicância, ou seja; que pede esmola. Outra ideia de Pthos é humilde, alguém que é destituído de virtudes e riquezas, necessitado em todos os sentidos. Finalmente a ideia de Pthos é alguém que é desprovido da riqueza do aprendizado e da cultura intelectual. O indivíduo em nosso contesto é marginalizado no sentido de posto a margem da sociedade.

Lloyd Jones em seu livro Estudos do Sermão do Monte, nos diz algo sobre a interpretação equivocada sobre a promessa do reino aos pobres: "Em parte alguma as Escrituras ensinam ser a pobreza algo tão bom assim. Um homem pobre não está mais próximo do reino dos céus do que um homem rico, se é que estamos falando deles como homens naturais. Não há mérito nem vantagem na pobreza. A pobreza não serve de garantia de espiritualidade.

O equivoco é decorrente da não observância sinótica dos evangelhos (do grego συν "syn" junto e οψις "opsis" ver) em Lucas: "... Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o Reino de Deus." (Lc 6:20b). Lucas omite espírito, Mateus não, é nisto que consiste um analise sinótica, os dois textos precisam ser vistos juntos para compreendermos com mais clareza a ideia do texto. De sorte que não há nenhuma contradição com relação as narrativas de Mateus e Lucas, é apenas necessário considerar que Mateus foi mais preciso ao acrescentar o vocábulo "espírito" πνευμαpneuma, referindo-se a pessoalidade de um indivíduo.

Seria incoerente e totalmente incorreto afirmar que Lucas estaria afirmando diferente de Mateus já que ele omitiu a palavra espírito, referindo-se ao pobre ou a pessoa que é desprovida de recurso como tendo uma benção especial, ou seja; isto équivale dizer que esta interpretação fere as Escrituras como um todo afirmando que a salvação pertençe a pessoas que são pobres, mendigas e pedintes. Em última análise isto seria um absurdo dizer que os ceús foram garantidos a todos os que se despojarem de suas riquezas e tornarem-se pobres. Não é isto que Jesus diz ao jovem rico: "Disse-lhe Jesus: Se queres ser perfeito, vai, vende os teus bens, dá aos pobres e terás um tesouro no céu; depois, vem e segue-me." Além disto Jesus referindo-se aos ricos disse que era mais difícil os ricos entrarem no reino dos céus, não que o reino fosse reservado apenas para os pobres, mais por causa do amor ao dinheiro é que isto seria um obstáculo a mais, no entanto no mesmo texto Cristo diz que até o impossível seria possível para ele, e isto é soberania, ele salva desde o mais pobre ao mais rico sem esforço algum:

" Então, disse Jesus a seus discípulos: Em verdade vos digo que um rico dificilmente entrará no reino dos céus. E ainda vos digo que é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus. Ouvindo isto, os discípulos ficaram grandemente maravilhados e disseram: Sendo assim, quem pode ser salvo?Jesus, fitando neles o olhar, disse-lhes: Isto é impossível aos homens, mas para Deus tudo é possível". (Mateus 19: 23-26)

Vale lembrar que Lloyd Jones tem o cuidado de ressaltar este equivoco de interpretação devido a tendência dos Teólogos Romanistas que consideram esta passagem bíblica como a sua grande autoridade e base para seu voto de pobreza voluntária. O santo patrono deles é Francisco de Assis, alías este é o nome adotado pelo atual pontífice romano Mário Jorge Bergólio.





Rev. Luciano Gomes

A Doutrina Bíblica da Separação Parte II – Uma ordenação Bíblica para manter pura a igreja em mundo corrompido



A Doutrina Bíblica da Separação Parte II – Uma ordenação Bíblica para manter pura a igreja em mundo corrompido





Por: Rev. Luciano Gomes



"Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. Por isso saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo, e eu vos receberei; e eu serei para vós Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso." 2 Coríntios 6:14-18 Almeida Corrigida Fiel-SBTB)



Introdução:

A animação da Dreamworks conta uma aventura pré-histórica sobre a família Croods, uma das primeiras do mundo, que vivia confinada numa caverna, incapazes de sair dali por causa dos temores de seu patriarca. Um dia, quando a caverna é destruída, a família descobre que existe um mundo gigantesco além da caverna, e partem numa viagem fantástica, cheia de criaturas incríveis. Porém, logo descobrem que precisam sobreviver às intempéries de um mundo recém-descoberto e que está mudando drasticamente.

Marilena Chaui em seu livro o Convite à Filosofia conta um mito do filósofo Grego do IV Século antes de Cristo, Platão. Conhecido como "O Mito da Caverna". Este texto serviu de base para toda a filosofia deste desenho da Dreamworks. Em que esta ilustração se aplica ao texto em nosso contexto hoje? Qual a relação com o enredo do desenho "Os Croods" tem haver com a igreja de Cristo?



Exposição ao tema:

A igreja está inserida em um mundo cada vez mais globalizado, dentro desta globalização há alguns fatores positivos como a interação cultural, aquilo que os sociólogos dentro do processo social chamam de contato social, cooperação, adaptação, acomodação e assimilação. A grande questão é como a sociologia define o isolamento habitual que diz respeito à separação ocasionada pela diferença de hábitos, costumes, usos e religião. A crítica da Sociologia está em considerar a liberdade religiosa com um etnocentrismo, ou seja; a tendência das religiões em se



isolarem; a postura destes grupos é a de supervalorizar as características de "nosso grupo" e de menosprezar todos os demais grupos "alheios". A Socióloga Eva Lakatos define esta postura como fanatismo religioso e afirma que o diálogo entre os grupos religiosos e a tolerância é o melhor caminho para um contato social mas adequado a nossa época.

Então, fora desta "Caverna" precisamos nos adaptar, acomodar e assimilar todos os valores deste mundo. É exatamente neste ponto que Cristo mostra a antítese: "E prosseguiu: Vós sois cá de baixo, eu sou lá de cima; vós sois deste mundo, eu deste mundo não sou."(Jo8:23 )Mas, o que dizem as Escrituras? Então o que fazer? Sair das "Cavernas" (antigo, tradicional, conservador) e aceitar abertamente todas as coisas novas que este mundo oferece as novas possibilidades, releituras do mundo (novo, descobertas, quebra de regras, subversão das convenções, liquidez, fluidez conforme define o Sociólogo Polonês Zigmund Bauman). A igreja deve associar-se ao mundo? É possível ter comunhão com incrédulos? A possibilidade de harmonia entre o crente e o incrédulo? É possível adaptar, acomodar e assimilar todas estas coisas?



II - Separação não é isolamento nem assumir uma postura antissocial!

Pratique a separação. Isso não significa que devamos evitar totalmente as pessoas incrédulas e agir como se estivessem infectadas por uma doença grave. Não, significa que devemos estar separados, não isolados. Estamos no mundo mas não somos do mundo. Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo nos deu o exemplo perfeito. Ele esteve com os "pecadores" [o antigo eufemismo para perdidos], fez refeições e associou-se com eles para lhes dar testemunho, mas certamente não participou de suas obras más e manteve-se separado e puro. Podemos e devemos fazer a mesma coisa em nossas vidas cotidianas. Citando orador romano Cícero: Muitas vezes se apresentam graves circunstâncias, em que é preciso se separar dos amigos. (Sobre a amizade, Cícero, Cap.XX. 2006. Ed.Nova Alexandria)



III - Separação Primária (com os incrédulos)

A revista Galileu de Fevereiro trás uma matéria com um sociólogo Italiano Domineco de Masi sobre "A vez do Brasil". O entrevistador

pergunta: O que podemos ensinar ao mundo? E ele responde: "O Brasil pode ensinar que a harmonia do corpo, a sensualidade, criatividade e fé que estão relacionados com o conceito de tolerância são atitudes comuns no Brasil, bem como considerar fluidas as fronteiras entre o sagrado e profano".

O entrevistador pergunta: O que une o Brasil? Ele responde: "A sociedade é unificada pela língua geral, o sincretismo cultural de grandes festas civis e religiosas incorporadas à vida das pessoas, a música, o papel das mulheres, a sensualidade sem culpa. Não existe pecado ao sul do Equador" canta Chico Buarque. O Brasil é aberto ao novo e a mudança do respeito pela democracia e do elogio a diferença."



III-A separação Secundária (dos irmãos desordenados e hereges)

A imagem produzida pela expressão "jugo desigual".

Iniciemos pela definição de "comunhão": "E que comunhão tem a luz com as trevas?" Em Latim, COMMUNIS, que gerou "comum" em Português. "Comungar" vem do Latim (versículo 14) COMMUNICARE, "repartir, espalhar, ter em comum. Seu uso no texto bíblico: Do léxico grego koinonia (κοινωνία), "associação, comunhão, fraternidade, relacionamento íntimo, comunhão",

Em segundo lugar, Paulo diz: "Por isso saí do meio deles, e apartai-vos(ACF),separai-vos (AR) diz o Senhor[...](versículo 17) O vocábulo grego traduzido "separai-vos" αφορισθητε = separar, tirar de lado e excluir. Refere-se ao estabelecimento de um limite. (Nossa palavra "horizonte" origina-se desse termo grego.) Paulo ensina que temos de nos manter separados no mesmo sentido de um limite que é colocado e jamais pode ser ultrapassado. Os falsos ensinadores e seus erros precisam estar fora dos limites para nós ou além do horizonte. Em outras palavras bem longe de nós.

A mesma recomendação Paulo ordena aos romanos a se separar do erro, Romanos 16.17. Nesta passagem, Paulo exorta as igrejas a notarem "aqueles que provocam divisões e escândalos, em desacordo com a doutrina que aprendestes; afastai-vos deles". Este versículo refere-se a todos os falsos ensinadores, que levam as pessoas a não encontrarem a Verdade.

Finalmente, 2 João 6-11, onde o Espírito Santo utiliza João, o apóstolo do amor, para outorgar-nos uma das mais claras ordenanças a respeito da separação, em toda a Bíblia. Esta passagem nos instrui a não termos comunhão, de maneira alguma, com os falsos ensinadores. Se alguém vem ter convosco e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem lhe deis as boas-vindas" (2 João 7-10).

Um herético e após duas ou três admoestações deve ser rejeitado Tito 3:10 Vejamos o verso inteiro: "Ao homem herege, depois de uma e outra admoestação, evita-o."



2 Tessalonicenses 3:6, 11 e 14-15 não poderiam ser mais claros:

"Mandamos-vos, porém, irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo o irmão, que anda desordenadamente, e não segundo a tradição que de nós recebeu." verso 11 "Porquanto ouvimos que alguns entre vós andam desordenadamente, não trabalhando, antes fazendo coisas vãs." versos 14-15 "Mas, se alguém não obedecer à nossa palavra por esta carta, notai o tal, e não vos mistureis com ele, para que se envergonhe. Todavia não o tenhais como inimigo, mas admoestai-o como irmão."



Contexto Bíblico:

Essas palavras contundentes do apóstolo Paulo foram necessárias porque alguns crentes em Tessalônica estavam com a falsa ideia que o arrebatamento ocorreria em um futuro próximo. Muitos deles venderam suas propriedades, abandonaram seus empregos e ficavam ociosos, esperando o retorno do Senhor. Enquanto aguardavam, alguns recusavam-se a trabalhar pela comida que recebiam, enquanto outros ficavam se metendo na vida alheia. Assim, Paulo lhes deu essas instruções sobre o que precisavam fazer para corrigir tal comportamento na comunidade cristã primitiva.

Aplicação:

Mas qual é a forma que a igreja contemporânea (nos nossos dias) trata a desordem, a disseminação de heresia e o insubordinado?

Observe que Paulo usa o advérbio "desordenadamente" do grego ατακτως ataktos e significa: desordenadamente, fora de postos (geralmente com respeito a soldados), de desejos exagerados, que se desvia de ordem ou regra prescrita. Por fim, derivado de uma expressão militar que significa "marchar em outro ritmo", fora de sintonia com os demais. Aquelas pessoas estavam caminhando fora da linha, com um ritmo errado, e recusando-se a ouvir e a raciocinar, de modo que algo teve de ser feito para chamar a atenção deles. A cura era uma boa dose de separação! Paulo disse para afastar-se deles mas sem cortar a comunhão. O resultado pretendido seria envergonhá-los e despertar neles o desejo de se acertarem com todos na igreja.



Aplicação:

Não sei qual seria a reação de vocês, mas se outros crentes viessem até mim e me dissessem que estou fora da linha e, por causa da minha obstinação, será necessário para eles afastarem-se da comunhão comigo eu ficaria muito triste. Minha velha natureza pecaminosa não gostaria nem um pouco e sem dúvida tentaria da melhor forma racionalizar meu comportamento e fazer desculpas, mas em algum momento eu seria forçado a admitir minha falha e a pedir o perdão dos irmãos. Como disse o poeta escocês Robert Burns em um de seus poemas, "Ah, se tivéssemos o poder de nos ver como os outros nos vêem!"

Se pudéssemos, não gostaríamos tanto de nós mesmos. Mas infelizmente o pecado do orgulho não nos permite admitir nossos erros, falta muita humildade no povo que se diz cristão, os interesses pessoais, as ambições pessoais, a vaidade e os supostos "valores morais" destes indivíduos desordenados, os impedem de ir além e continuarem em comunhão com os irmãos de sua igreja, respeitar e acatar as autoridades constituídas por Deus, então o óbvio e inevitável resultado de sua obstinada decisão é conforme descreve Richard Baxter em seu livro Firmes na Fé Conselho para Crentes Fracos:





"Oh, despresíveis, inúteis e escandalosos professos da religião!... Vocês acham que crentes débeis, levianos e escandalosos como vocês podem fazer algum bem maior por meio de suas vidas? Vocês acham que o coração das pessoas será levado a um amor pela santidade ao verem crentes tão cobiçosos como vocês, até mais do que os mundanos, ou ao ouvi-los reclamar, mentir ou difamar as pessoas? Oh, Cristãos, em nome de Deus, assim como vocês se oporiam a estas



atitudes diabólicas caso estivessem conscientes delas, oponham-se a este estado de fraqueza e instabilidade e não se deem por satisfeitos com o estado infantil, fraco e instável de vocês. Eu afirmo com vergonha e dor no coração que o excesso de fraqueza e instabilidade de vocês crentes professos, tem sido os instrumentos mais poderosos de Satanás para consecução dos seus desígnios, para obstáculo do evangelho, para divisão da igreja e para reformas espirituais! O seu mal testemunho é pior que a conduta da maioria dos notórios profanos! Que diversão é para o Diabo é fazê-los lançarem uns contra os outros! Quando ele se propõe a causar grandes estragos na igreja e na obra de Cristo, ele pode simplesmente convocar crentes instáveis (inconstantes, desordenados) para fazê-lo! Alguns por exemplo provocam escândalos, enquanto outros o agravam e divulgam. Quando ele quer ver uma igreja dividida, quão rapidamente encontra uma razão de discórdia! E quem fará isso, senão os membros instáveis da própria igreja? Se vocês tem algum amor por Deus e de algum modo sentem por Sua desonha, me parece que estas coisas deveriam tocar o seu coração!"



Textos que reforçam a ideia de separação do mal:
Julgamento de questões difíceis



8 Quando alguma coisa te for difícil demais em juízo, entre caso e caso de homicídio, e de demanda e demanda, e de violência e violência, e outras questões de litígio, então, te levantarás e subirás ao lugar que o SENHOR, teu Deus, escolher. 9 Virás aos levitas sacerdotes e ao juiz que houver naqueles dias; inquirirás, e te anunciarão a sentença do juízo. 10 E farás segundo o mandado da palavra que te anunciarem do lugar que o SENHOR escolher; e terás cuidado de fazer consoante tudo o que te ensinarem. 11 Segundo o mandado da lei que te ensinarem e de acordo com o juízo que te disserem, farás; da sentença que te anunciarem não te desviarás, nem para a direita nem para a esquerda. 12 O homem, pois, que se houver soberbamente, não dando ouvidos ao sacerdote, que está ali para servir ao SENHOR, teu Deus, nem ao juiz, esse morrerá; e eliminarás o mal de Israel, 13 para que todo o povo o ouça, tema e jamais se ensoberbeça" (Dt 17: 8-13)





A impureza da igreja de Corinto

1 Geralmente, se ouve que há entre vós imoralidade e imoralidade tal, como nem mesmo entre os gentios, isto é, haver quem se atreva a



possuir a mulher de seu próprio pai. 2 E, contudo, andais vós ensoberbecidos e não chegastes a lamentar, para que fosse tirado do vosso meio quem tamanho ultraje praticou? 3 Eu, na verdade, ainda que ausente em pessoa, mas presente em espírito, já sentenciei, como se estivesse presente, que o autor de tal infâmia seja, 4 em nome do Senhor Jesus, reunidos vós e o meu espírito, com o poder de Jesus, nosso Senhor, 5 entregue a Satanás para a destruição da carne, a fim de que o espírito seja salvo no Dia do Senhor Jesus. 6 Não é boa a vossa jactância. Não sabeis que um pouco de fermento leveda a massa toda? 7 Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento. Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado. 8 Por isso, celebremos a festa não com o velho fermento, nem com o fermento da maldade e da malícia, e sim com os asmos da sinceridade e da verdade. 9 Já em carta vos escrevi que não vos associásseis com os impuros; 10 refiro-me, com isto, não propriamente aos impuros deste mundo (Separação primária, os ímpios), ou aos avarentos, ou roubadores, ou idólatras; pois, neste caso, teríeis de sair do mundo. 11 Mas, agora, vos escrevo que não vos associeis com alguém que, dizendo-se irmão (Separação Secundária, desordenados), for impuro, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com esse tal, nem ainda comais. 12 Pois com que direito haveria eu de julgar os de fora? Não julgais vós os de dentro? 13 Os de fora, porém, Deus os julgará. Expulsai, pois, de entre vós o malfeitor. (1Co 5: 1-13)

Aplicação: Por isso algumas vezes, algumas medidas drásticas são necessárias. É preciso uma incisão cirúrgica para cortar certos indivíduos que aparentemente produzem benefícios na igreja, mas quem será o cirurgião que coloca sua cabeça em jogo ao arrancar um mal de dentro da igreja? Quem tem coragem de assumir as consequências dos possíveis sequelas produzidas por esta intervenção cirúrgica? (Exemplo Análogo do médico).



Conclusão:

O grande pregador puritano Batista Charles Spurgeon em seu sermão por título: "Nenhum comprometimento" disse sobre a separação:





"Para que não ridicularizasse meu testemunho, apartei-me daqueles que se desviaram da fé e mesmo daqueles que se associam com estes"

Suportando com paciência as provações e adversidades da vida



"7 Sede, pois, irmãos, pacientes, até à vinda do Senhor. Eis que o lavrador aguarda com paciência o precioso fruto da terra, até receber as primeiras e as últimas chuvas. 8 Sede vós também pacientes e fortalecei o vosso coração, pois a vinda do Senhor está próxima." (Tiago 5:7 e 8 ARA-SBB)




Introdução:


Rick Warren em seu livro intitulado "Poder Para Ser Vitorioso". Conta que uma pessoa orou assim: "Senhor, dá-me paciência, e eu a quero imediatamente!"




I– Definindo os aspectos da paciência como fruto do Espírito.


"Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade paciência..." (Gálatas 5:22).

As três primeiras qualidades do fruto espiritual o amor, a alegria e a paz são ingredientes essenciais da nossa vida espiritual interior, da nossa relação pessoal com Deus aquilo que tem lugar nos nossos corações, quando o Espírito Santo habita em nós. Os três aspectos seguintes do fruto do Espírito, a começar pela paciência, são manifestações exteriores do amor, da alegria e da paz, no nosso relacionamento com os nossos semelhantes.

O vocábulo grego original traduzido por "paciência" (na versão portuguesa de Gálatas 5:22, "longanimidade") é makrothumia (vem de makros, que significa "longo" e thumia, "temperamento", "natureza", "índole"). A palavra original combina as ideias de muita paciência e de um temperamento bem equilibrado, controlado por Deus. Noutras palavras, a pessoa em quem o Espírito Santo está a produzir o fruto da paciência aprende a esperar no Senhor sem perder a esperança, não admitindo derrotas e nem se deixando dominar pela ira.



A paciência, como fruto do Espírito, capacita o crente a exercer o auto-domínio (aquele que se contém) diante de qualquer provação. A paciência não se apressa em "ajustar as contas" ou em punir. Ao mesmo tempo, não se rende a circunstâncias difíceis nem perde o controle sob provações que perdurem longo tempo. Quanto a esse aspecto, a paciência está intimamente ligada ao sofrimento, conforme veremos mais adiante. Envolve perseverança ou resistência. Sem essa paciência

íamos desanimar em pouco tempo. Nas dificuldades é que o Espírito produz em nós a paciência. Todos esses aspectos da paciência fazem parte do processo de desenvolvimento que nos vai moldar segundo a imagem de Cristo. Esse processo é abordado em 2 Pedro.

"Vós, também, pondo nisto mesmo toda a diligência, acrescentai à vossa fé a virtude, e à virtude, a ciência, e à ciência, temperança, e à temperança, paciência, e à paciência, piedade, e à piedade, amor fraternal, e ao amor fraternal, amor. Porque, se em vós houver e abundarem estas coisas, não vos deixarão ociosos nem estéreis no conhecimento do nosso Senhor Jesus Cristo" (2 Pedro 1:5-8).




O DITNT Lothar Coenen e Colin Brown:


A palavra diferentemente de outros compostos de thymos (" ira" , " fúria" ) surge tardiamente em Gr, (de Menandro em diante), mas é extremamente rara. Denota uma virtude pura e tipicamente humana: o prolongado refrear de thymos, da " ira" ou da " agitação" , Lé, a "paciência" , a " longanimidade" (contrastar oxythymiat a " ira repentina" ). Porque embora os deuses nada saibam de aflições, o homem precisa suportar com paciência a sua sorte. Sempre há um elemento de resignação na palavra, mesmo quando descreve o tipo de persistência desesperada que é digna de admiração. De modo positivo, expressa a "persistência" , ou uma "disposição inabalável" de aguardar os eventos ao invés de procurar forçá-los. Embora os estóicos conhecessem de perto a "perseverança" e a " persistência" , e lhes atribuíssem grande valor, realmente, makrothymia não figura no vocabulário deles. A razão disto era, talvez, a crença generalizada, porém errônea, de que a sua ideia básica era aquela da resignação passiva. Deve-se dizer que na Grécia antiga makrothymia se ocupa primariamente com a formação do caráter do próprio homem, não sendo uma virtude que se exerce para com o próximo.Ver atos 17: 18- 34




II –A paciência e os aspectos da vida Cristã

1. A paciência e o sofrimento.
Ninguém vive neste mundo sem experimentar certa dose de sofrimento. Isso faz parte da nossa "aprendizagem". Disse o salmista:

"Foi-me bom ter sido afligido, para que aprendesse os teus estatutos" (Salmos 119:71).




Jesus disse:


"Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados." Mt 5:4

"10 Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. 11 Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós. 12 Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós".



(Mt 5:10-12)

Para o crente, as provações podem ser comparadas ao trabalho dos cães pastores: eles mantêm as ovelhas próximas do pastor. As provações são para o crente a disciplina de um amoroso Pai celestial, que quer que compartilhemos da Sua santidade. O texto em Hebreus coloca a questão assim:

"Se suportais a correcção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, e não filhos.


Além do que tivemos os nossos pais, segundo a carne, para nos corrigirem, e nós os reverenciamos; não nos sujeitaremos, muito mais, ao Pai dos espíritos, para vivermos? Porque aqueles, na verdade, por um pouco de tempo, nos corrigiam, como bem lhes parecia; mas este, para nosso proveito, para sermos participantes da sua santidade. E, na verdade, toda a correção, ao presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas, depois, produz um fruto pacífico de justiça, nos exercitados por ela" (Hebreus 12:7-11).



*Ilustrar o cão pastor que hostiliza o rebanho das ovelhas com mordidas nas ovelhas mais rebeldes que facilmente se desgarrão do rebanho.

Vivemos num mundo que nos é espiritualmente hostil, sempre haverá inimigos que terão de ser vencidos. Jesus sofreu nas mãos de Pilatos, um pagão, e de uma multidão irada, do mundo distanciado de Deus. Porém Ele também sofreu por causa da infidelidade de Judas Iscariotes, que fazia parte dos Seus discípulos. Assim, se tivermos de aprender a ser pacientes por provações pelos que são de fora, ou pelos

que estão dentro da comunidade cristã, Jesus é o nosso exemplo. Quando Jesus foi tentado por Satanás, rejeitou a ideia de um trono sem a cruz (Mateus 4:1-11). Mais adiante, enquanto considerava os sofrimentos que O aguardavam, rejeitou a mesma ideia (João 16:17-33).

2. A paciência e a perseverança.
Muitos tradutores da Bíblia usam alternadamente as palavras paciência e perseverança. A perseverança refere-se à atitude de resistência, de permanecer firmemente naquilo em que se acredita, sem importar o que esteja a suceder. Alguém comentou que a makrothumia é o amor esperando pacientemente, mesmo no meio do sofrimento. Paulo diz-nos como poderemos resistir com toda a paciência.

"Por esta razão, nós também, desde o dia em que o ouvimos, não cessámos de orar por vós, e de pedir que sejais cheios do conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e inteligência espiritual; para que possais andar dignamente diante do Senhor, agradando-lhe em tudo, frutificando em toda a boa obra, e crescendo no conhecimento de Deus; corroborados em toda a fortaleza, segundo a força da sua glória, em toda a paciência e longanimidade, com gozo" (Colossenses 1:9-11).

O Comentário de Tiago por Douglas Moo: A perseverança (hypomonê) é o objetivo deste processo de teste. Esta palavra ocorre com bastante frequência no Novo Testamento, indicando a qualidade que se exige dos cristãos que enfrentam adversidades, tentações e perseguições (cf., e.g., Lc 8.15; 2 Ts 1.4; Ap 2.2; 13.10). "Firmeza" (NEB), "força estável" (Ropes) e "persistência heróica" (Dibelius) são tentativas de se captar o sentido da palavra. Trench ajuda bastante ao fazer distinção entre "paciência" (ARC; gr. makrothymia), que deve ser exercida pelos cristãos diante das pessoas, e hypomonê, com a qual eles devem responder às dificuldades externas. Esta hypomonê não é uma submissão passiva e mansa às circunstâncias, mas uma resposta desafiadora, forte e ativa que oferece provas práticas das realidades satisfatórias do cristianismo.


3. A paciência, a alegria e a esperança.
Em Romanos 5:3-4 são agrupados o sofrimento, a alegria, a paciência e a esperança: "E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência, e a

paciência a experiência; e a experiência a esperança". Esses versículos mostram o progresso do desenvolvimento e da maturidade cristã, através dos sofrimentos e da paciência que nos conduzem à esperança. Não é muito difícil esperar quando as coisas andam bem; mas, quando parece que nada vai acontecer para aliviar o sofrimento, a nossa reação natural é o desespero e o desengano. A paciência, como fruto do Espírito, não é uma aceitação cega e triste desse tipo de situação mas é precisamente o contrário, é estar cheio de alegria, com plena confiança no Senhor e naquilo que Ele está a operar na nossa vida. É dizer juntamente com o salmista: "Mas eu confiei em ti, Senhor; e disse: Tu és o meu Deus. Os meus tempos estão nas tuas mãos..." (Salmos 31:14-15).




Conclusão:

Ler Salmo 57.



Sola Escriptura

Sola Escriptura
Ser um Cristão reformado é está interessado em se reformar sempre.É prezar pelos princípios da reforma, e estar disposto a adaptar toda a vida e teologia ao exame final das Escritutras.